quarta-feira, 5 de junho de 2013

Crônica: "A CHEGADA DO INVERNO"


(imagem Google)
 

Quando o inverno chega, vem com ele a vontade ficar quietinha, introspectiva, encolhida
enfrente a lareira, enrolada no edredom, lendo um bom livro ou vendo um filme.
A chegada do inverno me faz esfregar as mãos e pensar: Meu Deus pra que tanto frio? Bem, responde a lógica “do ponto de vista científico” egocentricamente humano o inverno serve para muita coisa.
O inverno é bom para a memória. Serve para lembrar de abastecer o tanquinho do carro a álcool...que não pega no frio, ou indo a pé até o posto mais próximo ou desistindo e indo para o trabalho de ônibus.
O inverno serve para descobrir que o edredom velho mofou por falta de uso. E também para tirar do fundo do armário os pesados casacos e jaquetas que vão dar um novo charme ao nosso vestuário.
O inverno é ótimo para engordar, se você tem comida à vontade e passa frio, mesmo economizando energia, sentimos mais fome. Engordamos por falta de exercício físico, excesso de comida e outras desculpas.
Os programas favoritos no inverno são: um bom rodízio de pizza e sopas quentinhas e claro não esquecendo o bom e nutritivo chocolate quente.
Xô preguiça, porque hibernar é um luxo perigoso numa economia que teme resfriados.

Nola Amaro



terça-feira, 4 de junho de 2013

Show com Arnaldo Antunes encerra homenagens a Paulo Leminski no MON






O auditório Poty Lazzarotto no Museu Oscar Niemeyer se enche com a música e poesia de Paulo Leminski nas vozes de Estrela Leminski  e Téo Ruiz no espetáculo “Essa noite vai ter sol”. A apresentação marca as atividades de encerramento da exposição “Múltiplo Leminski” no MON e traz como convidado especial o também poeta e compositor Arnaldo Antunes. O evento acontece na terça-feira (4), às 19h.
No dia 9 de junho encerra-se a exposição “Múltiplo Leminski”, a maior mostra já realizada sobre o poeta, que atualmente lidera o ranking de livros mais vendidos nas livrarias brasileiras com a obra “Toda Poesia”.
O show “Essa Noite vai ter Sol” é a porta de entrada para o trabalho musical de Paulo Leminski. No repertório, além de canções consagradas, músicas pouco conhecidas do público, muitas delas, compostas integralmente pelo poeta.
Liderado por sua filha, a cantora Estrela Ruiz Leminski, o espetáculo estreou em 2009 no Itaú Cultural em São Paulo e teve a participação especial do cantor, compositor e parceiro Moraes Moreira. Em 2011, teve temporada em Curitiba, no Teatro Paiol, com a presença do parceiro e músico José Miguel Wisnik.
Serviço:
Essa Noite Vai Ter Sol – Canções de Paulo Leminski (Participação Especial: Arnaldo Antunes)
Data: 04 de Junho às 19h
Local: Auditório MON – Rua Marechal Hermes, 999
Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00
Formação: Estrela Leminski, Téo Ruiz, Denis Mariano, Érico Viensci e Dú Gomide. Participação especial: Arnaldo Antunes.
 Na web: www.essanoitevaitersol.com.br/

Fonte: RicMais

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CRISTOVÃO TEZZA: "UM OPERÁRIO EM FÉRIAS"


                                                                   (imagem Google)

O escritor Cristovão Tezza lança hoje seu novo livro, Um Operário em Férias, às 19 horas, na Livraria Arte & Letra, em Curitiba. A obra é uma antologia de cem crônicas escolhidas entre as publicadas por Tezza na Gazeta do Povo às terças-feiras, desde 2008.
Para o autor, a ideia de reunir os textos em um livro deve-se à “força do gênero, que não está propriamente no fato em si que relata, mas no seu ‘modo de olhar’, no seu estilo. Espero ter sobrevivido”, diz.
Tezza conta que levou em consideração o fato de que as crônicas, às vezes, se referem a assuntos do noticiário que podem envelhecer rápido para a perenidade de um livro.
“Faz parte do DNA das crônicas o seu toque passageiro, o comentário do dia, a referência política, etc. Mas achei que a seleção das crônicas para o livro conseguiu contornar essa limitação, escolhendo preferencialmente os textos menos datados”.
O autor também acredita que o gênero é o mais brasileiro da literatura e revela ter lido crônicas “a vida inteira”. “Lembro dos clássicos da minha geração, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga, e, no campo político, Carlos Heitor Cony. Mais tarde, Luis Fernando Verissimo virou referência obrigatória pelo seu fantástico toque de humor”, revela.
Atualmente, ele destaca os curitibanos Luís Henrique Pellanda e José Carlos Fer­­nandes (também cro­­nista da Gazeta do Povo) como expoentes do gênero.
“Recentemente a crônica tem ganhado tonalidades mais diretamente políticas ou mesmo ensaísticas, mas mantendo sempre alguma ligação com suas formas clássicas – o tom informal e a imensa liberdade estilística”, analisa.
“Curitibanices”
A seleção dos textos de Um Operário em Férias foi feita pelo jornalista e tradutor Christian Schwartz que, entre um universo de 250 textos, escolheu cem e os dividiu em sete temas recorrentes nas crônicas do autor. Os capítulos são nomeados com com os títulos “A Vida É Sonho”, “Viagem pela Leitura”, “Vida de Torcedor”, “Terça-feira”, “Curitiba no Divã”, “De Volta à Vida Real” e “Ficções”.
“Localizei aqueles temas que pareciam tocar o cronista, esse observador do cotidiano, em seu próprio dia a dia”, explica Schwartz. “Temas como ser escritor, viagens, futebol, rotina, Curitiba, atualidades, além de breves ficções no espaço limitado do jornal – me pareceram muito marcantes, facilmente reconhecíveis”, explica.
Schwartz conta ainda que privilegiou um “critério basicamente cronológico, datado (no bom sentido), a própria definição de crônica” em cada uma das seções do livro. As crônicas trazem a data de publicação e, sempre que necessário, um comentário contextualizando o tema sobre o qual ela foi escrita. O livro, que terá lançamento nacional pela editora Record, traz também algumas notas de rodapé para explicar certas “curitibanices” expressas nos textos para leitores de todo o país.
Cada capítulo é ilustrado pelo cartunista Benett, da Gazeta do Povo. “Sou um grande fã e leitor do Tezza, desde que li Trapo [1988]. Fiz as ilustrações com esmero redobrado. Foi um dos trabalhos que mais me deram prazer nos últimos tempos”, conta.


Sessão de autógrafos
Com Cristovão Tezza. Livraria Arte & Letra (Al. Pres. Taunay, 130, Batel), (41) 3039-6895. Hoje, a partir das 19 horas. Entrada franca.
Fonte: www.gazetadopovo.com.br (22/05/2013)

terça-feira, 21 de maio de 2013

POESIA URBANA EM TRAÇOS


                               (A cidade vista do Alto da XV sob os traços de nanquin e aquarela)


Grupo Croquis Urbanos reúne profissionais e diletantes para registrar em desenho locais marcantes da paisagem urbana de Curitiba

Na manhã cinza do último domingo, também para fins românticos, o local foi ocupado por um grupo que, desde o último mês de abril, engatou um affair com a cidade: os desenhistas do grupo Croquis Urbanos.
Para quem ainda não viu o grupo em ação, trata-se de uma reunião aberta de desenhistas iniciantes, amadores e profissionais que, nas manhãs de domingo, elege paisagens marcantes da cidade como temas para desenhos de observação livre. Estas se transformam em poéticos registros gráficos da cidade e de seus habitantes.
O grupo nasceu ao acaso, sob influência de um movimento internacional de desenhos urbanos. Desde as primeiras reuniões, em abril, até o último domingo, os integrantes já desenharam paisagens famosas, como o Moinho Re­­bouças, os casarões da Ave­­nida Bispo Dom José, uma vila e a casa modernista de Frederico Kirchgässner. No São Francisco, retrataram o Paço da Liberdade e outros pontos da nossa arquitetura urbana.
No último encontro, por iniciativa de José Marconi, professor de Design da UTFPR e pioneiro do Croquis, o trabalho foi uma jam session de desenho. “Experimentamos um desenho em conjunto, onde um faz uma direção de arte, põe mais cor aqui, mais uma pincelada ali. Um desenho que nasce de vários autores, mas acaba tendo uma unidade estética”, observa.
Ele explica que o processo foi iniciado com um croqui geral para identificar as cenas de acordo com alguns marcos geográficos (prédios, postes, bandeira, árvore etc.). “Depois, cada um se dedicou a desenhar com grafite um determinado trecho. Em seguida, um meio tom foi aplicado com aquarela, pinceladas em negro adicionais, canetinha fina aplicada nas texturas, detalhes contornados”, explica.
Marconi diz que o grupo, sem fins comerciais, antevê algumas possibilidades para o futuro, como uma exposição física das obras e um livro compilando os resultados de um ano da experiência. “Quem sabe, no dia mundial do desenho [28 de outubro], um grande encontro coletivo de desenhistas”, planeja. “Ainda não sabemos aonde o processo vai chegar. Espero que seja como o amor: infinito enquanto dure.”
Movimento mundial inspira grupo
O coletivo de desenhistas Croquis Urbanos nasceu influenciado pelo movimento Urban Sketchers, criado na Espanha, em 2007. Desde então, em várias cidades de muitos países surgiram grupos com trabalhos semelhantes.
No caso curitibano, a coisa nasceu no dia em que o desenhista José Marconi, já com a ideia na cabeça, viu o arquiteto Reinoldo Klein de lápis na mão, desenhando a fachada do Paço da Liberdade, no centro de Curitiba.
Veteranos
Aos dois, juntou-se o desenhista Wagner Polak, seguido por Fabiano Vianna, Simon Taylor, Cássio Shimizu e João Paulo de Oliveira, entre outros. Alguns, profissionais veteranos ou professores de seus ofícios. Outros, desenhistas amadores.
A ideia principal, explica o cartunista Simon Taylor, é que as ações sejam abertas para qualquer um que queira participar, criando, assim, uma diversidade maior de técnicas, olhares e linguagens.
“A atividade do desenhista, por natureza, é solitária. Esta experiência de estarmos todos no mesmo astral faz com que a troca de ideias seja muito rica”, explica.
“Ainda que o objetivo principal seja o prazer de desenhar, o processo tem influenciado cada um de nós individualmente nas nossas respectivas carreiras“, afirma.
O Croquis Urbanos tenta ser o mais inclusivo e democrático possível. Mesmo assim, a trupe segue alguns “mandamentos”, também inspirados pelo Urban Sketchers. O grupo só desenha no local a partir da observação direta. A ampulheta dura duas horas – das 10 horas ao meio-dia.
Não se fazem retoques e muito menos se usa qualquer tipo de mídia para valorizar os trabalhos individualmente. Ao final, os desenhos são comparados pelos integrantes, que se apoiam mutuamente. Os trabalhos são compartilhados on-line.
Para o arquiteto Reinoldo Klein, essas premissas possibilitam o registro da vida urbana em um ritmo que o cotidiano nos impede de perceber. “No dia a dia, a gente passa muito rápido pelos lugares. Este processo também é uma maneira de deter o olhar um pouco mais lento, mais cuidadoso. Você senta, desenha, presta atenção em cada detalhe e faz um recorte de um instante da história daquele local.”
(Croquis Urbanos no Facebook: www.facebook.com.br/CroquisUrbanosCuritiba)
Fonte: www.gazetadopovo.com.br (21/05/2013)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

HOMENAGEM AO ESCRITOR JAMIL SNEGE








Curitiba completa amanhã uma década sem um de seus grandes personagens: o escritor Jamil Snege. Carinhosamente chamado de “Turco” pelas centenas de “amigos e apóstolos”, Snege nasceu em Curitiba em 1939. Nunca deixou a cidade até morrer de câncer no ano de 2003.

Além de publicitário de destaque, Snege publicou 11 livros, entre eles O Jardim, a Tempestade (minicontos, 1989), Como Eu Se Fiz Por Si Mesmo (memórias, 1994) e Os Verões da Grande Leitoa Branca (contos, 2000).

Para lembrar os dez anos sem o autor, a Biblioteca Pública do Paraná (BPP) promove amanhã, a partir das 19 horas, um bate-papo com escritores que foram amigos de Snege. Os colunistas da Gazeta do Povo Cristovão Tezza e Miguel Sanches Neto vão debater a respeito da vida e da obra do autor. Após o bate-papo, no hall térreo da BPP, será aberta uma exposição com fotos de Daniel Snege, filho mais velho de Jamil.

Para Miguel Sanches Neto, Snege é um autor “muito comentado mas, menos lido do que deveria”. “Sua escrita conserva a visão impiedosa e irônica que ele tinha sobre a condição humana.” Para Sanches Neto, a obra do autor pode ser dividida em três fases. “Há uma vertente mais autobiográfica, em que ele transformou a própria vida em literatura, uma fase absolutamente experimental em matéria de linguagem e outra em que ele criou narrativas ficcionais. Todas muito ricas”, observa.


Dossiê
Como parte da homenagem, o jornal Cândido, editado pela BPP, traz na edição de maio um dossiê a respeito da obra de Snege, com reportagens mostrando a relevância do autor, hoje estudado em universidades e festejado pela nova geração de escritores brasileiros. Destaque para um texto que Ernani Só, tradutor de Dom Quixote, de Cervantes, enviou para o Turco em 2003 — conteúdo que permaneceu inédito por uma década.

terça-feira, 14 de maio de 2013

ESPETÁCULO HOMENAGEIA POETISA HELENA KOLODY




O Grupo de Dança Contemporânea do Colégio Estadual do Paraná apresenta o espetáculo “Helena” nos dias 14 e 15 de maio, no Teatro Guairinha, em Curitiba. A apresentação é uma homenagem ao centenário de nascimento da poetisa paraanense Helena Kolody.

O espetáculo é baseado na vida e na obra da autora, e convida plateia a um passeio pelas memórias de uma Helena senhora, que vê a vida passar lentamente através das palavras. Ela relembra os tempos de mocidade, seus momentos de inspiração, as criações poéticas, seus haicais, sua atuação como professora e a publicação de seus livros.

Serviço

Evento: Helena
Período: 14 e 15 de Maio
Horário: 10h e 15h (apenas para escolas agendadas e imprensa)
20h para público em geral
Local: Teatro Salvador de Ferrante – (Guairinha)

Entrada Franca






sexta-feira, 10 de maio de 2013

"A ORIGEM DO DIA DAS MÃES"

A mais antiga comemoração do dia das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo. 

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República". Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães.
A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração. Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. "Não criei o dia das mães para ter lucro" 
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso. 
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. 
Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe. Cravos: símbolo da maternidade Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. 
Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados. 

No Brasil O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

 Fontes: http://www.terra.com.br/diadasmaes/odia.htm -O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995. - Revista Vtrine - artigo - Abril, S.P., 1999